Promovem pesquisas em resinas de pinus do NEA
A indústria florestal é um dos setores mais importantes nas economias de Misiones e Corrientes. Milhares de hectares de pinus abastecem a indústria de papel, celulose, placas e serrarias. O Pinus elliottii, uma das espécies estabelecidas na região, além de fornecer madeira, é utilizado para a produção de resina, produto florestal não lenhoso e com grande demanda nas indústrias química, farmacêutica e cosmética. Em 2\024, foi alcançada a extração de resina de aproximadamente 52,6 mil toneladas de aproximadamente 18 milhões de árvores em produção, gerando renda e empregos com alto potencial de expansão.
Apoiando o fortalecimento do setor resineiro, a pesquisa do INTA avança em estudos para potencializar a produção de resina no nordeste da Argentina. O objetivo é diversificar a matriz florestal e gerar novas alternativas de renda para produtores e empresas da região. A este respeito, Pablo Peri, coordenador do Programa Nacional Florestal do INTA, destacou que o trabalho com resinas é incipiente e visa o longo prazo, que é precisamente onde a investigação do INTA tem muito valor, pois pode ser sustentada ao longo do tempo, o que no caso do sector florestal é fundamental dada a duração das culturas. Ele destacou ainda que a pesquisa busca alcançar qualidade integral com dupla finalidade – madeira e resina -, o que permitiria acesso a uma rentabilidade mais estável ao produtor. Genética A resina de pinho é utilizada na fabricação de adesivos, tintas, vernizes, tintas de impressão, gomas de mascar, fragrâncias, produtos farmacêuticos e até em aplicações de alta tecnologia. O mercado mundial está em expansão e países como Brasil, China e Espanha estão na vanguarda da sua utilização industrial. Na Argentina estima-se que existam cerca de 35 mil hectares em produção de resina, concentrados principalmente em Corrientes e, em menor proporção, em Misiones. A contribuição do INTA centra-se em dois eixos -genética e gestão-. Na componente genética são analisadas a produtividade da resina e a variação relativa dos principais componentes da resina nas famílias Pinus elliottii, para selecionar materiais de alto desempenho e melhor qualidade. Por outro lado, são investigadas práticas de manejo – idade da árvore, densidade de plantio, podas e condições do local – que influenciam diretamente na quantidade e qualidade da resina. Ector Belaber (INTA Montecarlo) destacou que, em conjunto com o EEA INTA Concordia, foram estabelecidos ensaios de progênies de famílias de Pinus elliottii com alta produção de resina. Paralelamente, com o apoio do INTA Castelar, é analisada a composição química da resina das árvores-mãe destes testes. O objetivo é identificar indivíduos superiores em produtividade e qualidade de resina para estabelecer novos pomares de sementes de qualidade genética superior às disponíveis atualmente. Por outro lado, no INTA Montecarlo é avaliada a produção de resina do pinheiro híbrido F1 INTA-PINDO. Diferentemente do Pinus elliottii, aqui o objetivo é selecionar famílias com baixa produção de resina para garantir serragem de melhor qualidade. Atualmente, a produção de resina é medida em diferentes famílias por meio de um método indireto: são instalados tubos coletores que, após um período, são pesados ??para estimar a produtividade de cada árvore e sua família\; As medições são repetidas ao longo das estações. Com um conjunto de famílias já classificadas, são realizados testes de serração com o apoio do grupo de qualidade da madeira INTA Montecarlo. Se a correlação entre a medição com tubos em campo e a qualidade das placas for significativa, será validada uma técnica rápida e econômica para identificar materiais híbridos que aumentem a rentabilidade das serrarias ao oferecer madeira com menor teor de resina e, consequentemente, maior valor comercial. Valor agregadoA pesquisa não se limita aos testes laboratoriais ou experimentais. O desafio é levar conhecimento ao território e transformá-lo em oportunidades concretas para pequenos e médios produtores. A resina representa renda adicional enquanto as plantações atingem a idade de colheita de madeira, diversificando riscos e melhorando a rentabilidade. Além disso, a instalação de plantas de beneficiamento abre a possibilidade de geração de empregos locais e agregação de valor na origem, fortalecendo a cadeia florestal regional. O Programa Florestal INTA procura consolidar esta linha de trabalho em coordenação com empresas, cooperativas e organizações provinciais. Os próximos passos incluem, por um lado, expandir os testes de campo em diferentes áreas de Misiones e Corrientes e, por outro, avaliar tecnologias de extração e processamento de resina adaptadas à escala local.
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